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Apresentação da conferência

Sobre o Colóquio

O estudo do pensamento filosófico pelo grupo luso-brasileiro realizou-se nos últimos trinta e cinco anos e se consolidou como pesquisa sistemática nesse tempo. Ele possibilitou o trabalho planejado de pesquisa da tradição filosófica e alguns aspectos da cultura luso-brasileira. O essencial desses estudos esteve na área da Filosofia. Tal estudo concluiu pela existência de nexos espirituais que aproximam o que se fez aqui e do outro lado do Atlântico, sem desconsiderar as diferenças existentes nos dois países. Destes encontros nasceram iniciativas de reconhecido mérito acadêmico como a Enciclopédia Logos de filosofia luso-brasileira, os Colóquios Tobias Barreto, realizados em Portugal e Antero de Quental, realizados no Brasil, alternadamente. Uma bibliografia da etapa inicial deste diálogo luso brasileiro foi inventariada por José Maurício de Carvalho em Contribuição contemporânea à história da filosofia brasileira, 3ª edição publicada em Londrina, em 2001. No entanto, o melhor registro histórico dos eventos contemplando sua atualização é o conjunto de Atas desses colóquios publicado no Brasil e em Portugal, alternadamente. No caso brasileiro chegamos ao XIV Colóquio Antero de Quental contra outros treze denominados Tobias Barreto realizados em Portugal. Tanto os Colóquios Tobias Barreto realizados em Portugal como os chamados Antero de Quental, realizados no Brasil, tiveram suas Atas publicadas, além de outros eventos acadêmicos específicos que não entraram nessa lista dos Colóquios.

 

Cabe recordar que o início dessa aproximação entre as filosofias brasileira e portuguesa data dos anos sessenta, começando, do lado brasileiro, com os professores Miguel Reale e Antônio Paim, do lado português, pelo Professor Antônio Braz Teixeira. Dois grandes colaboradores desse momento inicial do diálogo foram o professor da USP Luís Washington Vita e o português Antônio Quadros, ambos desaparecidos há alguns anos. Também foi fundamental na construção desses estudos a presença no Brasil dos saudosos professores portugueses: Eduardo Soveral, Francisco da Gama Caeiro e Afonso Botelho, todos igualmente falecidos. Esses professores trabalharam algum tempo em universidades brasileiras e formaram uma geração de estudiosos do assunto. Deve ser destacado como marco dessa presença o programa de pós-graduação em pensamento luso-brasileiro que se consolidou na Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro, que formou uma geração de pesquisadores. Daí se formaram núcleos em várias universidades federais.

 

Com o fim do programa de pós graduação ocorrido com a volta de muitos professores portugueses com a anistia que se seguiu à revolução dos cravos e para dar continuidade aos trabalhos de pesquisa sistemática, foi criado o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, sediado em Lisboa com sede no Palácio da Independência, atualmente presidido pelo Professor Antônio Braz Teixeira, que reúne pesquisadores de diferentes universidades brasileiras e portuguesas. Os primeiros colóquios no Brasil tiveram a coordenação do Prof. Luís Antônio Barreto, estudioso do pensamento de Tobias Barreto e, na época, ligado à Universidade Tiradentes de Sergipe. Os primeiros colóquios tiveram apoio de diferentes universidades nordestinas, cabendo recordar as atividades realizadas na Universidade Federal de Pernambuco e do Sergipe, respectivamente.

 

A partir de 1999, o Prof. José Mauricio de Carvalho, à época Titular na UFSJ, assumiu junto com Luís Antônio Barreto a organização desses eventos e trabalharam conjuntamente na construção do VI Colóquio Tobias Barreto que teve parte das atividades na UFSJ e parte na USP. Como ex-aluno da Universidade Nova de Lisboa, José Mauricio de Carvalho articulou a aproximação entre a Universidade Nova de Lisboa, contando nessa tarefa com a colaboração imprescindível do Prof. José Esteves Pereira, à época vice-Reitor da UNL, e a Universidade Federal de São João del-Rei. Juntas as duas instituições fizeram vários protocolos de cooperação científica. O convênio celebrado entre as duas universidades permitiu forte intercâmbio acadêmico, projetos comuns de pesquisa e diferentes iniciativas que beneficiaram as duas instituições durante mais de uma década entre 2005 e 2015. A partir do VII colóquio a organização do evento no Brasil passou a ficar inteiramente sob a responsabilidade de José Mauricio de Carvalho.

 

Na organização do XIV, assumiu a coordenação o Prof. Fábio Passos da Universidde Federal do Pauí, juntamente com José Mauricio de Carvalho, Professor do Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves e representante do Instituto de Filosofia Luso-Brasileiro, seção Brasil. O evento conta com parceiros: UFSJ, UFJF e o Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves, além do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira.

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